sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quintessência



Ao aproximar-me do topo do monte Everest
Menor é a circunferência
Menos espaço para livros inúteis
Papel crepom, e discos, sobras de adolescência
Mais abandonada entre as nuvens, ainda bem, me sinto
Menos pipocas de isopor, e mais essência
Acompanham-me Jorge, Tereza, uma maquina de costura de 1989
Os pratos que invento , e minhas tentativas de poema
Abaixo de mim, toda minha quintessência
Os medos que me tornei, e à tempo chutei no precipício
E o mito covarde que me persegue, minha insegurança que soa como prepotência
" A poesia é a ruptura ( ou antes, o encontro no ponto de ruptura) entre o visível e o invisível."

Jean Genet/ (Jean Genet e o imaginário do vegetal - Enraizamento e explicação do mundo)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Super Bonder



Super-bonder


Super Bonder

Seria a doçura, repentinamente despida como quando a lua revela a parte escura?
Seria o desejo de ser amado, deixando ratros, não deixando outra opção?
Seria a empatia? O empate das concepções?
Seria a completude que percebo visionária, intuitivamente?
Valeria a pena o capricho burguês?
Valeria a capacidade poética, elástica, de abstração que alcança a possibilidade?
Faria sentido, tal sentimento, sem eqüivalência, que colou nos pensamentos como super-bonder.
Por ser filho único, ímpar.
Por não ter fôrma...
Por ser de barro...